MINHA MÃE



NOVE DE MARÇO

Nove de março,
 
amanheceu diferente.
O céu estava cinzento
Horas teimmavam em passar
Carregadas de incertezas
Coração saltando pela boca
Num grito mudo de socorro
Dizendo...íamos vencer
Mas, a alma chora
No peito, o grito sufoca
A razão se faz certeza.
Cai a noite
Aumenta a agonia
O bip dispara
Parece uma cotovia
Não há o que fazer
A notícia, maldita notícia
Soa como um açoite
Passos ora apressados
Ficam autômatos
Pesados... lentos

A alma sufoca
 
Gritos se faz ouvir
Num amargo desalento
Gritei o seu nome
Gritei... já não ouvia
Numa dor mórbida
Encolhi num canto
Não era mais eu
Chove, o frio parece navalha
Chorei, chorei e eu chorei
Sentir muita dor
Mas aguentei
Sentir muito frio
Tudo era pranto
Andei... anadei...
Em busca de alívio
Queria arespostas
Sozinha pensei
Tudo era dor
Eu já não cabia em mim
Tudo parou
De repente
Tão de repente
Não havia mais cor.

Mas, tinha um adeus
 
Impreterivelmente
Latentemente,
Corruidamente
Um lomgo...
e triste adeus...
Leuda; 08 de abril de 2009




Tenho tantas coisas para dizer
Mas, você parece no momento até saber
Como eu estou sofrendo
Sinta... veja através dos olhos meus
A emoção que sinto
Só em pensar em você
Seguir seu coração e amando
Filhas e mãe para sempre
É o que nós iremos ser
Na primavera ou em qualquer das estações
Mãe e filha para sempre
Transcendendo à morte
Você pode estar longe
Muito longe sim
Mas por te amar, sinto você
perto de mim.
E o meu coração tristonho
Nunca nos perderemos querida
Nunca te esquecerei
Você é a mãe que sempre sonhei
Mãe e filha para sempre
É o que sempre iremos ser
Nas horas tristes e nas horas de alegrias
Mãe e filha... para sempre...querida
minha que partiste

P/ Edleuda à minha eterna mãe
plágio da música "Amigos para sempre" de Jayne


UM DIA NA SUA VIDA
Minha superstar, os dias passam, mas não passa o amor, o respeito e a admiração que tenho por você, grande mulher, mãe sem igual. Quando da sua partida  silenciosa culpei tudo e todos. Por dias fiquei anestesiada, fingindo acreditar que tinha lhe deixado na UTI e que logo voltaria para casa, mas a  ausência da sua presença, da sua voz, trouxe-me à realidade e a vida tornou-se vazia, no peito abriu-se um vácuo causando ânsia de dor, o coração sangrando de dor queria entender o por quê, aos pouco o vazio foi preenchido por uma imensa saudade, lembranças oras tristes, oras alegres. A alma curvou-se numa dor mórbida. O vazio não passou, foi substituído pela saudade do que poderíamos ter feito, do poderíamos ter sido. Te amo amada minha, nem eu mesma sabia que te amava tanto, que te precisava tanto. Um beijo no seu coração minha mãe, MINHA ETERNA MÃE.
 Leuda, 03/12/2011